Cadê Tia Eron a Deputada fujona? Pressão por voto decisivo no caso Cunha segue nesta quarta

O tão esperado voto decisivo da deputada Tia Eron (PRB-BA) no processo que pede a cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) não aconteceu.

A deputada, a única cujo o posicionamento era desconhecido, simplesmente foi o único membro titular a não registrar presença na sessão do Conselho de Ética que analisaria a punição que deve ser aplicada ao peemedebista por quebra de decoro parlamentar nesta terça-feira e acabou adiada.

Tia EronEla passou as cinco horas do encontro escondida na própria Câmara. Ficou a maior parte do tempo na liderança de seu partido, de onde acompanhou os debates pela televisão. “Estou convicta da grande expectativa que há em nosso país, referente a esta representação, e não me furtarei a cumprir com meu dever”, disse a deputada na nota na qual garante que estaria presente no plenário nesta terça e que não faltará na sessão remarcada para esta quarta.

Foi justamente a omissão de Eron que estimulou os adversários de Cunha a manobrar para postergar  a votação. Sem ela no plenário, quem votaria como seu suplente era Carlos Marun (PMDB-MS), o primeiro substituto a registrar presença no painel eletrônico do plenário 2 da Câmara e considerado um cão de guarda de Cunha. O cálculo a se fazer era o seguinte: se Eron votasse a favor da cassação de Cunha, o placar fica 10 a 10 e o presidente do Conselho, José Carlos Araújo (PR-BA), desempataria a questão votando a favor da cassação. Se ela votasse contra ou se desse brecha para que Marun votasse, o resultado seria 11 a 9 e Araújo nem votaria. Para evitar o risco, o relator do processo, Marcos Rogério (DEM-RO), pediu mais prazo para analisar um voto em separado e adiou a sessão.

Piadas

A espera pela presença de Eron na sessão foi tão longa ao ponto de outros deputados começarem a fazer piada da ausência da deputada. Alguns afirmaram que ela havia sido abduzida, outras que fora sequestrada por aliados de Cunha e Temer.  “Parece que o Executivo está tentando interferir em um outro poder”, reclamou o líder da Rede na Câmara, Alessandro Molon (RJ). Aliado de Temer e Cunha,  Marun disse que a afirmação é absurda. “As pessoas têm de parar de ver fantasmas. Não tem ninguém interferindo em lugar nenhum”, afirmou.

Da Redaçaõ do Blog do Edy Vieira/MSN Notícias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *