Mulheres ganham apenas 73% do salário dos homens da RMR

As mulheres ganham menos do que os homens na Região Metropolitana do Recife (RMR). É o que aponta um estudo do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que identificou: as trabalhadoras recebem cerca de 73% do que o trabalhador, diferença salarial que se manteve desde 2013. A pesquisa foi realizada em parceria com a Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem) com dados oficiais de emprego disponíveis em 2014.

Em termos monetários, o levantamento identificou a remuneração média das mulheres e dos homens na RMR: o equivalente a R$ 1.050 e R$ 1.438, respectivamente. A entidade ainda revela que o rendimento caiu 1%, entre 2013 e 2014, para ambos os sexos – sem mexer na proporcionalidade salarial já encontrada de 73%.

Por setor de atividade, a redução do rendimento médio das mulheres, entre 2013 e 2014, foi devido a uma ligeira variação positiva na Indústria de Transformação (de R$ 1.220 para R$ 1.225, ou 0,4%) e das retrações observadas no Comércio; e no setor de Serviços (de R$ 1.324 para R$ 1.285, ou -2,9%).

No setor público – que paga os maiores salários médios – as mulheres receberam o equivalente a 74,1% do salário médio dos homens em 2014 – 0,6 ponto percentual a menos do que no ano anterior. Esta é a segunda maior desigualdade salarial por sexo, depois da verificada entre homens e mulheres autônomos, estimada em 54,1% – 0,1 a menos do que em 2013.

O estudo ainda apontou que, apesar da diferença de jornada semanal de trabalho média dos homens e mulheres serem diferentes – 47 horas contra 41 horas, respectivamente – o rendimento médio real por hora ainda apresenta forte desigualdade entre os gêneros. O rendimento por hora trabalhada das mulheres, que em 2013 correspondia a 83,8% do rendimento masculino, passou a equivaler a 83,6%, em 2014. Em termos reais, o valor da hora trabalhada entre as mulheres decresceu -1,2%, entre 2012 e 2013, passando a equivaler R$ 5,98, e entre os homens retraiu-se em -1,0%, passando a corresponder R$ 7,15.

Participação no mercado

A presença das mulheres na força de trabalho regional decresceu em 2014, após aumentos nos seis anos anteriores. A taxa de participação feminina – indicador que expressa a proporção de mulheres com 10 anos de idade ou mais incorporadas ao mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas –, interrompeu a trajetória de crescimento contínuo iniciada em 2008, e diminuiu de 47,3%, em 2013, para os atuais 46,7%. A taxa de participação masculina permaneceu estável em 66,4%, maior patamar da série da pesquisa.

Da redação do blog do edy.com.br

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *