Governo do Estado autoriza transferência de 15 professores que aderiram a paralisação

O Governo do Estado autorizou a transferência de 15 professores que atuam em unidades de ensino em tempo integral para outros locais de trabalho. O afastamento resultará na perda de gratificações normalmente pagas a quem ensina nessas escolas. Segundo a Secretaria de Educação, a decisão foi baseada em um levantamento que identificou que os profissionais incentivaram alunos a boicotarem as aulas durante a greve da categoria, iniciada na última segunda-feira (13).

A medida estava prevista em portaria publicada no Diário Oficial do Estado da última terça (14), que também levantou a possibilidade de rescisão de contratos de servidores temporários que aderissem à paralisação. Ainda segundo a pasta, as faltas de quem tem participado do movimento estão sendo computadas. Os valores devem ser descontados dos salários.

Mesmo sujeitos a uma liminar do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que determinou a suspensão da greve, sob pena de multa diária de R$ 30 mil, os professores decidiram manter o movimento por tempo indeterminado em assembleia realizada nesta sexta-feira (17). O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) informou que já foi notificado da liminar. A assessoria jurídica da entidade pretende recorrer da decisão na próxima segunda (20).

A categoria reivindica o aumento do piso salarial de 13,01% para todos os docentes, e não apenas para os da base da carreira, conforme lei enviada pelo Executivo e aprovada pela Assembleia Legislativa. A classe alega que somente 10% dos educadores são contemplados com o reajuste concedido nesses termos. No próximo dia 27, os professores voltarão a se reunir para discutir os rumos da greve.

Por meio de nota, o Governo do Estado afirmou que lamenta a decisão a respeito da continuidade do movimento e que mantém “a disposição de reabrir o diálogo com a categoria, desde que os professores retomem as atividades normais”. Conforme balanço da Secretaria de Educação, o quinto dia de paralisação afetou as atividades parcialmente em 39% (410) das escolas e totalmente em 9% (94). Já em 52% (541) das unidades, as aulas ocorreram normalmente.

Da redação do blog do edy.com.br

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