O corpo do empresário Paulo Cesar de Barros Morato continua no Instituto Médico Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, à espera da conclusão dos exames toxicológico e papiloscópicos, que deve acontecer nesta segunda-feira (27).

Segundo informações, a família de Morato não teria condições financeiras para bancar as despesas de velório e estaria fazendo uma “cota” com parentes. Isso reforçaria a tese de que o empresário seria “testa de ferro” de uma organização criminosa, suspeita de lavar dinheiro para financiar as campanhas do ex-governador Eduardo Campos, em 2010 e 2014. O corpo de Morato deve ser enterrado no cemitério de Santo Amaro, após liberação à família.

Conforme a Folha noticiou, a história de Morato tem muitas contradições: embora possuísse um Jeep Renegade, levava uma vida aparentemente simples no município de Tamandaré, onde morava de aluguel e tinha um ponto de venda e conserto do celulares. Ele estava foragido desde a última terça, quando a PF cumpriu 62 mandados e prendeu quatro pessoas, no âmbito da Operação Turbulência.

Também segundo informações, funcionários do IML estão proibidos de dar quaisquer informações acerca do assunto. “Nem os médicos podem falar, vai ficar tudo para a SDS (Secretaria de Defesa Social)”, comentou uma fonte, afirmando que Morato morreu mesmo por envenenamento e que os exames seriam feitos, meramente, para documentação.

No domingo (26), a SDS afirmou que não se pronunciaria, mesmo após a denúncia do Sinpol, via redes sociais, de que há irregularidades na investigações do crime. A suíte do motel Tititi, em Olinda, onde o corpo foi encontrado, continua interditada. Na última quinta, o início de uma perícia, pela Polícia Civil, foi interrompida após telefonema da Divisão de Crimes da instituição, sem explicações.

Da Redação do Blog do Edy Vieira/Folha de PE