Seca: Barragem que receberá água da Transposição sem manutenção há 8 anos em PE

A  barragem Barra do Juá deveria ser um manancial de águas no sertão nordestino brasileiro se não fosse a seca e falta de manutenção preventiva. Apesar de vários municípios de Pernambuco terem decretado situação de emergência no fim de 2014, nada mudou na barragem que irá receber água da transposição do Rio São Francisco, quando ficar pronta. O reservatório também deveria ter recebido recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas até agora nada saiu do papel. A estiagem que castiga os sertanejos é considerada a pior dos últimos 50 anos.

Localizada no município de Floresta, a 466 km da capital pernambucana, a Barra de Juá tem capacidade para acumular mais de 71 milhões de m³ de água, mas atualmente está em colapso. Este é apenas um dos vários reservatórios de Pernambuco em que o nível está no volume morto. A situação é grave principalmente no Sertão e Agreste do Estado.

Mesmo que houvesse água suficiente para encher a barragem ela não poderia guardar nada, pois o maciço (ver imagem) além de outros equipamentos estão deteriorados pela ação do tempo. Além disso, uma grande quantidade de árvores (algarobas) cresceu no paredão da barragem nos últimos anos, o que pode prejudicar seriamente a estrutura de concreto. A Barragem do Juá foi construída na década de 1980.

ac9598960d5acc2d5cf03cee56bb2dadSECA EM PERNAMBUCO – De acordo com monitoramento feito pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) nos reservatórios do Estado, no Agreste, há 18% de acumulação em relação à capacidade máxima. Já no Sertão, o nível cai para apenas 5%. Na Região Metropolitana do Recife (RMR) e Zona da Mata a situação é mais tranquila, pois o índice é de 63%. Os dados foram coletados em janeiro de 2015.

EMERGÊNCIA – Por causa da estiagem, 54 cidades pernambucanas decretaram situação de emergência e foram reconhecidas em âmbito federal em outubro de 2014 pelo Ministério da Integração. Serra Talhada, Floresta, Tacaratu e Ibimirim, no Sertão do Estado, são algumas das mais afetadas. O decreto segue em vigor até março de 2015 e pode ser renovado, caso necessário.

Da redação do blog do edy.com.br/NE10

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