Santa Cruz perde troféu Chico Science nos pênaltis

Um troféu modesto, digno de jogos escolares, com um trecho errado de música. A desorganização do Santa Cruz em homenagear o músico Chico Science foi correspondente ao futebol do time dentro de campo. É preciso ressaltar que foi o primeiro duelo da temporada tricolor e que os atletas estão nitidamente desentrosados. Mas não há como negar que faltou bola. Ficou claro que o técnico Ricardinho vai ter muito trabalho para montar a equipe para o resto do ano. Os pernambucanos jogaram tão mal que a mal-ajambrada taça ficou com os visitantes, que derrotaram a Cobra Coral numa quase interminável disputa de pênaltis. No jogo normal, 1 x 1. Na marca da cal, 11 x 10 para os europeus, donos do título com nome do criador do movimento Manguebeat.

O zagueiro Danny Morais e o volante Williams Luz desperdiçaram as cobranças pelo lado dos donos da casa.

O jogo foi ruim para o Santa Cruz desde o começo. Logo aos 10 minutos, o volante Bileu errou na saída de bola, entregou o ouro ao bandido e, para complicar de vez, cometeu pênalti em cima de Serge. Na cobrança, o brasileiro Adi Rocha deslocou Fred e, com categoria, abriu o placar.

O que se seguiu a isso não foi uma pressão massacrante do Tricolor. Pelo contrário: o time de Ricardinho, desentrosado, tinha muitas dificuldades para criar. Montada no 4-4-2, a equipe coral foi muito mal. O Zalgiris dava mais trabalho ao Santa do que o contrário – sobretudo com o atacante togolês Serge, melhor entre os lituanos. Os laterais pernambucanos pouco apoiavam, os volantes participavam pouco da articulação de lances ofensivos. Meias, Pedro Castro e Thiaguinho estavam sumidos. Betinho, idem. Só Waldison demonstrava alguma lucidez.

Não à toa, foi o atacante que empatou o placar.Bileu e Nininho fizeram sua única boa jogada na partida. O volante recebeu do lateral na direita e cruzou na cabeça de Waldison, que fuzilou: 1 x 1. Faltava um minuto para acabar o primeiro tempo.

A análise do segundo tempo foi mais difícil de se fazer. Como era um amistoso, o número de substituições era ilimitado. O Santa mexeu sete vezes. O Zalgiris, quatro. Ricardinho cumpriu a promessa de observar o máximo de jogadores possíveis. Usou estreantes, atletas da base. Os lituanos também experimentaram bastante. O nível do duelo, que já era baixo, caiu ainda mais.Poucas oportunidades criadas de parte a parte. E O placar se manteve inalterado. A disputa foi para os pênaltis.

A batalha na marca fatal foi o capítulo mais interessante do jogo. Os cobradores estavam tão calibrados que a disputa teve de recomeçar. Na primeira rodada, cada time perdeu um. Até os goleiros marcaram. Aí os atletas que já tinham batido tiveram de bater novamente: pior para o Tricolor. Danny Morais, que havia feito o primeiro, perdeu o segundo. Na sequência, o Zalgiris matou a parada e ficou com o troféu Chico Science.

Da redação do blog do edy.com.br/Folha de P

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