Paulo Câmara tenta se reaproximar de Dilma Rousseff

Após integrar a base de apoio nas duas administrações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e no início da primeira gestão da presidente Dilma Rousseff PT), o governador eleito Paulo Câmara (PSB) procura estabelecer pontes com o Palácio do Planalto. Ontem, o socialista se reuniu com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, em Brasília, na sede da sigla pessedista. O dirigente é considerado um aliado estratégico do Governo e deverá ocupar um ministério de expressão no segundo mandato do PT. Durante o encontro, o ex-prefeito de São Paulo se colocou à disposição do socialista para ser um interlocutor de Pernambuco. Nas eleições presidenciais, o PSB lançou Marina Silva para enfrentar Dilma e, no segundo turno, apoiou o senador Aécio Neves (PSDB).

“Paulo Câmara manifestou o desejo de conhecer o presidente (do PSD), na semana passada. Kassab reafirmou a importância que Eduardo Campos teve para o partido, desde o seu início, e se colocou à disposição de Paulo Câmara. Em qualquer aspecto, ele se colocou para ajudar e abrir uma interlocução com Pernambuco, seja qual for a missão que ele tiver”, afirmou André de Paula.

A iniciativa de solicitar o encontro foi do futuro gestor pernambucano e coube ao presidente estadual do PSD, o deputado federal André de Paula, articular a agenda. Sem uma interlocução direta com o Governo Federal, Paulo Câmara procura alternativas para estabelecer pontes com o Governo Federal. Além do PSD, representantes pernambucanos do PCdoB também procuram servir de interlocutores para facilitar a relação do Estado com o Palácio do Planalto. O ex-ministro e senador eleito Fernando Bezerra Coelho (PSB) também tenta ocupar a função. Mesmo na oposição, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) também se colocou à disposição.

A aliança entre PSD e PSB teve início com os gestos que o então governador Eduardo Campos fez para a sigla pessedista durante sua criação. O ex-líder do PSB foi o principal fiador do projeto de Gilberto Kassab em Pernambuco e em outros estados. Mesmo as agremiações não marchando juntas na disputa presidencial, o PSD pernambucano foi liberado para apoiar o projeto de Paulo Câmara no Estado. A participação do PSD na administração pernambucana, a partir de janeiro, não chegou a ser tratada na reunião. Segundo André de Paula, o assunto é prerrogativa do gestor eleito. “É uma questão que cabe ao governador e isso não foi tratado. Estaremos sempre ao lado dele”, garantiu André de Paula.

Da redação

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