Palestra de Oscar Schmidt em Caruaru se transforma em constrangimento para estudantes

O que era para ser um momento de aprendizado e enriquecimento profissional para estudantes de uma faculdade de Caruaru se tornou em minutos de incômodo e constrangimento. Em uma palestra para cerca de 3 mil pessoas, Oscar Schmidt se mostrou grosseiro e foi vaiado pela plateia, que abandonou o auditório de um shopping center da cidade antes mesmo do falatório.

De acordo com a estudante de Letras, Cybeli Oliveira, que postou sua indignação no Facebook, o ex-jogador de basquete proferiu palavrões e mostrou arrogância sobre o manuseio do material dele. “Ontem tive o desprazer de conhecer uma pessoa famosa, palestrante, o melhor jogador de basquete do Brasil, um “ídolo” para várias pessoas. Aquele que para muitos é o “Mão Santa”, mas pra mim ele não passa de um “Boca Suja”, isso mesmo, foi o Oscar Schmidt”, iniciou a aluna na postagem.

“Chegou atrasado e, para ‘melhorar’ a situação, seu notebook apresentou problemas. Foi sugerido que ele passasse o slide para um pen drive, mas ele se negou a passar, alegando que ninguém poderia ter acesso aos materiais exclusivos dele. Aguardamos pacientemente uns 30 minutos até que o problema fosse resolvido”, acrescentou.

Já durante a fala, o microfone de Oscar apresentou defeito, e ele se negou a usar o microfone que estava com o mediador do evento, o jornalista Eliaquim Oliveira. “Ele simplesmente recusou dizendo que não aceitaria, porque aquele tipo de microfone era para amador”, disse.

Ainda segundo Cybeli, o ex-atleta insultou e humilhou a plateia. “Reclamava o tempo todo com as pessoas que estavam tirando fotos dele dizendo que estava ali para contar a história dele e não para ser fotografado, pois quem quisesse tirar foto dele poderia ir embora”.

“Só presenciei 15 minutos de palestra, pois esses poucos minutos foram o suficiente para transformar aquele momento de satisfação e de aprendizado em ódio”, concluiu.

A Faculdade de Desenvolvimento e Integração Regional (Fadire) enviou nota reprovando o comportamento do palestrante. O documento diz que a contratação da palestra foi uma decisão do núcleo de administração da entidade e que o mesmo “não compactua nem aceita a atitude grosseira do palestrante para com os nossos alunos, os quais, sabidamente reconhecemos, deixaram seus afazeres no dia de domingo, pós-feriado, para buscar conhecimento”.

“Portanto, informamos, que em conduta arbitrária e prepotente do referido palestrante, na elaboração do TCD, o aluno poderá, se assim o desejar, deixar de relatar a palestra “Obstinação”.

Da redação/Folha-PE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *