No Recife, somente 12% receberam segunda dose da vacina contra o HPV

A baixa procura pela segunda dose da vacina contra o Papilomavírus Humano, o HPV, está preocupando a Secretaria de Saúde do Recife. Na Cidade, somente 12% das pessoas incluídas no grupo prioritário receberam a prevenção, o que corresponde a apenas 3.910 aplicações das 34.156 adolescentes do público-alvo. Significa dizer que, pouco mais de um mês após a retomada da campanha, 30.246 doses ainda precisam ser administradas.

Dados do Programa Nacional de Imunização (PNI) apontam que, na capital pernambucana, as jovens de 13 anos são maioria na procura pela vacina, correspondendo a 16% desse total. A primeira etapa, que ocorreu em abril, chegou a 100% de cobertura.

A imunização pode ser feita em todas as Unidades de Saúde da Família (USFs), incluindo as Upinhas 24 horas e Upinhas-Dia, além das policlínicas da rede municipal. O público-alvo são as adolescentes do sexo feminino com faixa etária entre 11 e 13 anos. Meninas que completaram 11 anos há pouco tempo e não tomaram a 1ª dose também podem receber a vacina. É preciso levar cartão de vacinação, cartão do SUS e documento de identidade.

“Não é preciso ter medo de tomar a vacina, visto que vários estudos comprovam a segurança das doses. Temos de pensar que se trata da prevenção de uma doença potencialmente grave, como o câncer de colo de útero, então, é importante que as meninas tomem as três doses, como recomenda o Ministério da Saúde, para garantir a proteção completa”, alertou o secretário de Saúde, Jailson Correia.

O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Uma estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18.

O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo anualmente. A vacina não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. A terceira dose da vacina deve ser aplicada cinco anos depois de receber a primeira dose.

D aredação

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