Náutico volta a exibir fragilidades, perde para o Sport e se complica no estadual

O Clássico dos Clássicos deste domingo só era decisivo para o Náutico. O Sport, classificado antecipadamente como líder, tinha o objetivo apenas de complicar a vida do rival. E conseguiu: sem precisar forçar muito, o Leão fez valer a superioridade técnica que tem sobre o limitado Timbu e venceu por confortáveis 2 x 0.

A sorte do Alvirrubro é que o Salgueiro também perdeu (para o Central, por 2 x 1). O time do Recife vai ao sertão, daqui a duas semanas, enfrentar o Carcará na última rodada do estadual com a vantagem do empate. Mas, se perder como na Copa do Nordeste, fica fora das semifinais. Momento delicado.

A situação do Náutico na tabela é difícil porque, sem eufemismo, o time é tecnicamente fraco. Mesmo com o mando de campo, com a necessidade de vencer e diante de um Sport nitidamente desinteressado, o Timbu não conseguiu ser melhor. A equipe de Lisca começou no 4-3-3. A ofensividade, porém, ficava só nos números. Na prática, os alvirrubros davam espaço para a defesa rubro-negra trabalhar, esperavam no campo de defesa e buscavam contra-ataques. Como o Sport também não fez boa partida, o Náutico encontrou espaços para contra-golpe. Faltou, contudo, qualidade de passe para aproveitar as brechas com enfiadas em profundidade.

O árbitro Sebastião Rufino Filho ainda ajudou ao expulsar o atacante Joelinton em lance duvidoso, aos 30 do primeiro tempo. Dali até o fim da primeira etapa foi o único bom momento Timbu. A equipe chegou perto do gol. Mas não matou. Na primeira chance, aos 40, Fillipe Soutto – o único lúcido- abriu bem para Gaston Filgueira, na esquerda. O uruguaio tocou no meio da área. Bruno Alves, sozinho ,desperdiçou. Dois minutos mais tarde, o lateral-direito Guilherme foi esperto, roubou bola de Renê e ficou na cara de Magrão. Tentou encobrir o goleiro, mas mandou no travessão.

Com um a mais e precisando da vitória, era natural que o Náutico tentasse pressionar o adversário no segundo tempo. A mudança de Eduardo Baptista indicava: sacou Régis, péssimo no jogo, e colocou Mike. Montou duas linhas de quatro na defesa e queria aproveitar a velocidade do atacante para puxar contra-ataques. Não deu tempo para ver isso. Logo no primeiro minuto, Wendel aproveitou cruzamento da direita e testou firme: 1 x 0 para o Leão. Aos nove, o lateral-direito do Náutico, Guilherme, foi expulsou e encerrou a única vantagem que o Timbu tinha até então: a numérica.

Lisca mexeu, colocou Renato, Ronny e David. Mas o Sport se fechou em seu campo, controlou a partida, impediu as principais chegadas do Náutico. E matou a partida aos 33 minutos da segunda etapa. Em lance até curioso. Durval, zagueiro, entrou driblando pela esquerda da área adversária e passou para o meio. Ewerton Páscoa, outro zagueiro, completou para o gol. Fim de partida: 2 x 0.

Da redação do blog do edy.com.br

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