Mais de 93% das vítimas de homicídios em PE no primeiro trimestre de 2018 são homens pardos

e todas as pessoas assassinadas, em Pernambuco, no primeiro trimestre de 2018, 93,4% são pardas e 93,7% são homens. A informação foi divulgada na Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do estado, nesta quinta-feira (21), após a reunião do programa Pacto Pela Vida.

Segundo o governo, foram registrados 452, 416 e 366 homicídios em janeirofevereiro e março, respectivamente. A média desse tipo de crime chegou a 13,71 casos por dia, nesse período.

Os dados são referente aos Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs) registrados entre janeiro e março. O número total de homicídios, nesse período, chegou a 1.234 casos. Desses, 1.152 são pardos, 32 (2,6%) são pretos, e 42 (3,4%) são brancos. Outras oito vítimas (0,6%) não tiveram a etnia informada. A maioria das vítimas é homem (1.156, ou 93,7%) e as mulheres correspondem a 6,2% dos casos (76). Duas pessoas (0,2%) não tiveram o gênero informado.

Na reunião foi divulgado que, a cada três meses, os perfis das vítimas serão divulgados nos balanços do Pacto. De acordo com o secretário de Planejamento e Gestão do estado, Márcio Stefanni, a situação social em que ocorreu a morte dificulta a apuração.

“Etnia e sexo são dados, hoje, autodeclarados. Como não há como perguntar a uma vítima de homicídio, os dados são retirados do inquérito ou perguntados às famílias das vítimas. Apesar disso, tem família que não quer conversa com a polícia, porque ela se sente ameaçada pelo autor do homicídio. O gênero, quando não informado, é porque o estado de decomposição estava muito avançado. Não divulgamos os nomes das vítimas, porque especialistas dizem que isso infringe a privacidade do morto e das famílias”, explicou Stefani.

Segundo o secretário, houve uma queda constante nos três primeiros meses do ano. Ele explica que a divulgação dos dados atende uma demanda popular. “O pacto pela vida é a política mais longeva do governo estadual. Dizemos que o pacto está vivo, porque está. Reconhecendo um clamor social e pelo princípio da transparência, trazemos números mais detalhados. A premiação das nossas forças policiais se dá por trimestre, por isso os dados são condensados a cada três meses”, explicou Stefani. (G1)

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