Eleição indireta para presidente pode ter PSDB e PMDB na mesma chapa

O avanço na costura para a sucessão de Michel Temer (PMDB), caso o presidente seja mesmo cassado como a classe política espera em julgamento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no próximo dia 6, passa hoje pela definição na composição da chapa.

PMDB e PSDB lideram esse processo nos bastidores. Por isso, os dois nomes que lideram a bolsa de apostas de candidatos para a eleição indireta prevista na Constituição, Nelson Jobim (PMDB) e Tasso Jereissati (PSDB), podem, ao fim do processo, serem presidente e vice do Brasil.

Hoje o nome de Jobim é mais forte porque ele tem interlocução com o PT e o PSDB. Ex-ministro da Defesa de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff, a quem desprezava, o peemedebista é visto como a melhor figura de autoridade para esse momento de crise. Teria apoio do PSDB, já que ele foi ministro da Justiça de Fernando Henrique Cardoso, e influência no STF (Supremo Tribunal Federal), corte que já presidiu e na qual tem aliados como Gilmar Mendes e Dias Toffoli.

Outros nomes circulam, cada um com seus prós e contras. Henrique Meirelles (Fazenda) hoje é visto mais como peça indispensável para ficar no governo e transmitir confiabilidade aos mercados. Rodrigo Maia (presidente da Câmara) é cortejado pois terá influência no baixo clero, mas caciques não o querem candidato. Cármen Lúcia (Supremo) e FHC dizem não desejar a indicação.

O ex-presidente, aliás, é uma espécie de centro de gravidade das discussões do pós-Temer, ouvindo e sendo ouvido por todos os setores.

Da Redação/Com informações da Folhapress.

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