Depois de muita pressão por parte do Real Madrid, Cristiano Ronaldo conseguiu o que tanto queria: venceu Lionel Messi para, pela segunda vez consecutiva, ser eleito como melhor jogador do mundo. A consagração veio nesta segunda-feira, na festa de gala da Fifa, encerrada com e entrega da Bola de Ouro de 2014 para o português.
Esta é a terceira vez que Ronaldo vence a premiação. A primeira, em 2008, ainda pelo Manchester United, foi quando o prêmio era entregue apenas pela Fifa. Messi venceu 2008 e nas três primeiras premiações desde que a escolha passou a ser feita de forma conjunta pela Fifa e pela revista francesa France Football.
Cristiano Ronaldo voltou a ser o melhor do mundo em 2013, ano em que Messi sofreu com lesão. Ficou, na época, a sensação de que não houve confronto direto. Agora, porém, não resta dúvida de que Cristiano Ronaldo foi melhor do que o argentino, vice-campeão na Copa.
O português sobrou na votação promovida pela Fifa. Recebeu 37 66% dos votos, contra 15,76% de Messi e 15,72% de Manuel Neuer, goleiro alemão do Bayern de Munique que era o candidato da tese de que o melhor do mundo em ano de Copa deve ser um campeão da Copa.
O prêmio entregue ao português, entretanto, consagra uma temporada que só não foi perfeita para Cristiano Ronaldo por causa do fraco desempenho de Portugal na Copa do Mundo. O craque finalmente conseguiu consagrar o seu estilo de jogo, combinando força e explosão físicas fora do normal com uma habilidade ímpar. Se há quem argumente que Messi é mais genial, não há como negar que o português mostrou-se completo no último ano: sabe driblar, chutar, passar, cabecear e bater faltas.
Só no Campeonato Espanhol foram 38 gols em 2014, exatamente um para cada rodada do torneio. Na atual temporada, os números são incontestáveis: 26 bolas na rede em apenas 16 partidas pela competição. Só na primeira temporada pelo Real Madrid (2009/2010) não teve média de pelo menos um gol por jogo no Espanhol.
Muitos dos gols foram decisivos. Na Copa do Rei, fez os dois da vitória por 2 a 0 sobre o Atlético de Madrid, na casa do adversário, no jogo de ida da semifinal. Machucado, não participou da final, quando o Real venceu o Barcelona.
Na Liga dos Campeões, foram incríveis 17 gols, sendo um nas quartas de final (sobre o Borussia), dois na semifinal (diante do Bayern) e o último gol do torneio, na decisão contra o Atlético de Madrid. Na ocasião, já não estava no auge da forma. Por isso, jogou a Copa do Mundo baleado, com lesão no joelho esquerdo.
Com seu principal jogador impossibilitado de resolver sozinho, Portugal foi eliminada na primeira fase. Menos mal que ele voltou a tempo de salvar a equipe nas Eliminatórias da Euro/2016 com dois gols decisivos, para garantir vitórias magras sobre Armênia e Dinamarca.
Da redação do blog do edy.com.br