Cadeia deve ser interditada no Sertão

O Ministério Público de Pernambuco entrou com ação civil contra as más condições da Cadeia Pública de Serra Talhada, no Sertão. Segundo o documento, faltam alimentos, iluminação, ventilação e condições sanitárias adequadas; assim, há o desrespeito à integridade moral e física dos detentos. O documento ainda indica a superlotação. “É um estado totalmente desumano: ratos, baratas, caixa d’águas a céu aberto. Extintores, não tem. Até para o profissional que lá trabalha é precário”, afirma a vereadora Vera Gama (PHS), que participou da comissão que identificou a situação.

Diante disto, a Justiça determinou que haja uma reforma em 180 dias; do contrário, o prédio pode ser interditado e o governo de Pernambuco deverá pagar uma multa diária de R$ 21 mil. De acordo com a Secretaria de Ressocialização de Pernambuco (Seres-PE), o caso está sendo analisado pela Procuradoria-Geral e que há o interesse de reformar ou construir uma nova cadeia no município. O governo pode recorrer da decisão.

Enquanto esperam providências, os parentes dos presos estão preocupados. “Falta muita água. Mesmo que venha o carro-pipa trazer água, essa água não dá nem pra metade do dia”, diz uma irmã de detento que pediu anonimato. Outra mulher, que também preferiu não ser identificada, afirma que a cadeia não distribui almoço e ela tem que fazer a comida em casa. “Está aqui o almoço (…). Água, pão, está tudo aqui”, indica. Sobre este assunto, a Seres-PE comunica que é enviado um valor para as refeições, mas os detentos prefeririam que o dinheiro seja repassado às famílias.

Da redação do blog do edy.com.brFonte: G1 Caruaru

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