Baixa umidade do ar deixa Sertão em alerta

Estado de alerta no Sertão até terça-feira (15) devido a baixa umidade do ar que chegará a menos de 20% em muitas cidades. Já durante o final de semana, os piores índices foram registrados em Floresta com 12% de unidade, Ouricuri com 14%, Serra Talhada e Araripina com 15% e Petrolina com 16%. Os percentuais colocam em risco a saúde da população, uma vez que o nível considerado aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 30%. A situação no interior pernambucano está sendo monitorada pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), que aponta a falta de chuvas aliada a massa de ar quente presente no Sertão como causas.

“Os reservatórios estão sem água. Junto com a massa de ar quente que está sobre a região, ocasiona pouco vapor no ar”, explica a meteorologista da Apac, Maria Aparecida Fernandes. Essa situação deve ser mantida até dezembro, já que até lá não há previsão de chuva para o Sertão. “Na Região Metropolitana, no Litoral e na Zona Mata a situação está boa, com um índice de aproximadamente 55%. Isso é favorável porque estamos perto do mar. No Agreste também a umidade está dentro do aceitável com 35% aproximadamente”, disse.

Cuidados

A Apac destacou ainda cuidados especiais para percentuais específicos de umidade. A situação é considerada de atenção quando o índice está em 20% e 30%. Nessa fase, é recomendando não se exercitar ao ar livre, umidificar o ambiente com vaporizadores, toalhas molhadas ou recipientes com água e ingerir muito líquido. Entre 12% e 20% o estado é de alerta. Os cuidados devem ser os mesmos já citados, devendo ser adicionado o uso de soro fisiológico nos olhos e narinas. Quando a umidade está abaixo de 12%, o estado é de emergência. Nesse caso qualquer atividade ao ar livre deve ser suspensa até mesmo coleta de lixo e entrega de correspondência. A aglomeração de pessoas em recintos fechados como aulas e cinemas entre 10h e 16h é desaconselhável.

Mal à saúde

Entre as complicações de saúde decorrentes da baixa quantidade de vapor de água no ar estão: problemas respiratórios, ressecamento da pele e irritação dos olhos. O médico Luiz Alexandre da Rocha observa que nessas condições de tempo os alérgicos devem ficar atentos, principalmente os que têm rinite e asma. “Esses pacientes são mais predispostos a viverem crises nessa situação de baixa umidade. A orientação é ingerir muita água e lavar as mucosas do nariz e olhos com soluções de soro. As nebulizações também são indicadas”, disse.

Da Redação do Blog do Edy Vieira

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