PSDB chega dividido para votar denúncia contra Temer: ‘cada um tem seu interesse pessoal’, diz tucano

“Cada um tem seu interesse pessoal na próxima eleição. O candidato a deputado, o candidato a governador, o candidato a qualquer coisa. O que prevalece é o puro interesse pessoal. Não há nenhuma análise de interesse partidário e não há nenhuma análise de interesse do país.”

Assim o ex-governador de São Paulo e vice-presidente nacional do PSDB Alberto Goldman analisou para a BBC Brasil a atual divisão do seu partido em torno do governo de Michel Temer. Para ele, são exceções aqueles que se guiam por princípios éticos (ao defender a saída do governo) ou na preocupação com a estabilidade do país (ao preferir a permanência).

Apesar de os tucanos contarem hoje com quatro ministros na administração peemedebista, a expectativa é que ao menos 20 dos seus 46 deputados votem a favor do andamento da denúncia contra o presidente por corrupção passiva, em sessão prevista para esta quarta-feira. O líder do partido da Câmara, deputado Ricardo Tripoli (SP), já deu declarações de que o número de votos contra Temer pode chegar a 30.

“Os tucanos têm projeto de poder, têm belos quadros para Presidente da República. Nós (do PMDB) ainda não temos, temos dificuldade. E o PSDB não chega ao poder sem o PMDB. O PMDB elegeu o FHC, elegeu a Dilma e o Lula. Ninguém chega ao poder sem o PMDB”, afirma o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), hoje na linha de frente da defesa de Temer.

“Então, esses deputados (tucanos) indecisos precisam refletir. Primeiro pelo Brasil, porque se o PSDB se desligar dessa base do novo Brasil, o Brasil vai patinar, pode afundar e esses mesmos deputados poderão não se reeleger”, reforçou.

Da Redação

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