PSB vai votar contra reformas e Paulo Câmara almoça com Temer

A Executiva nacional do PSB decidiu, na noite de segunda-feira (25), em reunião em Brasília, se posicionar contra as reformas da Previdência e trabalhista que tramitam no Congresso Nacional, tidas como prioritárias ao Governo Temer.

Além disso, o partido indicou a validação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 36/2016 da Reforma Política, aprovada no Senado Federal, com fim das coligações e cláusula de barreira. O partido possui a sétima maior bancada na Câmara dos Deputados, com 34 deputados federais e sete senadores.

Vice-presidente do partido, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) não foi à reunião. No entanto, Câmara participa, nesta terça (26), de almoço dos governadores com o presidente Michel Temer (PMDB), e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em Brasília. Na última semana, ele já havia se manifestado contrário à reforma da Previdência.

Os integrantes do partido aprovaram, por 20 votos a sete, fechar questão contra a reforma previdenciária e, por 20 a cinco, contra a reforma trabalhista. Ou seja, os parlamentares serão cobrados a votar de acordo com a decisão. O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, não quis comentar o que poderia acontecer aos que não obedecerem à decisão partidária.

FBC
O PSB está na base do Governo Temer, com o ministro das Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho (PSB). E, apesar da decisão da sigla, os dois líderes do partido na Câmara, Tereza Cristina (MG), e no Senado, Fernando Bezerra Coelho (PE), votaram a favor das reformas.

Na saída, o senador pernambucano afirmou que iria recorrer da decisão. E disse, também, que o cargo do filho está à disposição. “Na medida que as bancadas não respaldam as matérias que são importantes para o governo, é importante deixar o governo à vontade para compor a sua equipe com a aqueles que possam contribuir na aprovação das matérias legislativas”, disse Bezerra Coelho.

Reafirmação
Carlos Siqueira e a maior parte da bancada pernambucana do partido já haviam se manifestado contrários às reformas. “É uma reafirmação dos valores e princípios programáticos do PSB. É uma escolha fundamental que sinaliza para a sociedade a opção política do nosso partido”, afirmou o deputado federal Danilo Cabral.

“A decisão vai no sentido político de reaproximar o PSB do leito natural que é o campo progressistas e, além disso, em um tema caro que é a defesa dos trabalhadores, sem negar, contudo, a necessidade das reformas”, avaliou Tadeu Alencar.

Da Redação do Blog do Edy Vieira/FolhaPE

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