CNJ afasta juiz que planejava determinar recolhimento de urnas

O Conselho Nacional de Justiça afastou o juiz federal Eduardo Luiz Rocha Cubas por suposta tentativa de atrapalhar as eleições. A decisão foi tomada após um pedido da Advocacia-Geral da União.

No dia 10 de setembro, o juiz, que é do Juizado Especial Federal Cível de Formosa, em Goiás, acolheu uma liminar em uma ação popular que questionava a segurança e a credibilidade das urnas. Na decisão, o magistrado determinava que o Exército indicasse um militar com patente de oficial para acompanhar e participar de eventual perícia nas urnas eletrônicas.

De acordo com a AGU, a Assessoria do Comando do Exército tomou conhecimento da decisão e queria informações sobre o caso. Foi quando o próprio magistrado teria se disposto a ir pessoalmente ao Quartel-General para explicar a determinação.

A AGU ainda afirma, que a notificação oficial das Forças Armadas para o cumprimento da decisão seria feita no dia 5 de outubro às 5 horas da tarde, para que não houvesse tempo para reverter a decisão.

Segundo a AGU, o juiz teria praticado condutas ilícitas, como permitir o processamento de ação popular em juizado sem competência para julgar tais casos, atuar com parcialidade ao se dirigir pessoalmente ao Comando do Exército, utilizar a posição de magistrado para atingir objetivos políticos e buscar desacreditar o voto.

Também foi juntado ao pedido da AGU, um vídeo do juiz ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro questionando a segurança das urnas.

Procurado, Eduardo Cubas classificou o caso como mentiroso e explicou.

O juiz ainda afirmou que está tranquilo e avaliou que há dois tipos de justiça: a dos bons e a dos maus. (EBC)

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