Eleições 2016 – o que estar em jogo?

Passadas as movimentações partidárias com o prazo de filiação do último dia 02 de abril, temos que as definições das filiações partidárias para as eleições de 2016 estão definidas. Mantem-se, contudo o embaraçoso cenário em Ouricuri com 09 ou 10 pré-candidatos a prefeito, o que pode representar, para muitos, falta de capacidade de diálogo, imposição pessoal ou aventura eleitoral. Temos certo, ou quase certo, que os três principais grupos políticos terão candidatos.

As dúvidas se um ou outro não poderá concorrer em função de problemas jurídicos ou alto índice de rejeição só se confirmará mais a frente. Uma primeira sinalização pode ser colocada quando da divulgação da lista do TCU e do TCE que indicaram os gestores com problemas de prestação de contas e possivelmente enquadrados na Lei da Ficha Limpa. Espera-se que esta lista seja divulgada no mês de maio ou junho.

No mundo político quando alguém se diz oposição significa se colocar contrário ao modo de gestão de quem governa. Neste caso, podemos dizer que o atual prefeito tem neste processo de debate de pré-candidaturas, de 8 a 9 opositores diretos. Mas alguns pré-candidatos tem pregado uma posição mais radical, colocando-se como oposição a atual gestão, por motivos diversos, e também “aos que já tiveram sua oportunidade e não fizeram nada”.

Podemos dizer então que de 5 a 6 pré-candidatos não são opositores entre si, estão no mesmo campo de disputa, ou seja, se colocam como alternativa à atual gestão e aos que já governaram.

Não há dúvidas que na disputa de apoios políticos os três principais grupos irão tentar atrair os demais pré-candidatos apresentando-lhes diversos argumentos como participação no governo, apoios futuros para deputado(s), eleição de determinados vereadores, etc, etc. Por outro lado, os apoiadores da ideia da renovação, da alternância de poder e da inovação na gestão, torcem para que haja um fortalecimento destas candidaturas alternativas de forma que adentrem na disputa com reais chances de vencer o pleito eleitoral.

Para isso se concretizar precisamos encontrar respostas para duas questões básicas: a) qual a real capacidade que os pré-candidatos que se colocam como alternativa terão de resistir às tentações dos principais grupos; e, b) Qual a capacidade que estes pré-candidatos demonstram no sentido de abrir mão da sua pré-candidatura visando o fortalecimento de um grupo em torno de um projeto de governo que atenda as expectativas colocadas?

Contudo, não se pode descartar que dois dos três principais grupos podem fazer arranjos entre si, promovendo um cenário de polarização da disputa entre dois grupos. Como dito por Cesare Pavese “A política é a arte do possível”. Assim como muitos dizem, contrariando ao dito por Cesare, que a política é a arte do impossível. Me parece portanto que em Ouricuri precisaremos exercer profundamente a arte da política para que os desejos sejam contemplados e o mais importante, que é a apresentação de um projeto de desenvolvimento sócioeconomico e sustentável para Ouricuri, não seja colocado em segundo plano e o foco do debate se concentre apenas em torno do fortalecimento dos grupos políticos.

Da redação do Blog do Edy Vieira/Por: Reginaldo Alves. Engenheiro Agrônomo

1 pensou em “Eleições 2016 – o que estar em jogo?

  1. Infelizmente o que vemos em Ouricuri é sempre o plano de um governo voltado para a comunidade ouricuriense ficar em segundo ou terceiro plano até mesmo por aqueles que se dizem oposição,pois esses logo no primeiro assédio apoiam quem lhes der mais em termos pessoais e o que vemos nós que queremos o bem da cidade é uma política de enriquecimento de alguns e a cidade vai se arrastando como uma velha senhora sem forças entregue a um albergue qualquer.

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